O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou três áreas no Rio Grande do Sul. As famílias Sem Terra ocupam as áreas para pressionar os governos federal e estadual para cumprir o acordo firmado em abril deste ano de assentar todos os trabalhadores e trabalhadoras acampadas hoje no estado.
Na região de Porto Alegre, mais de 300 trabalhadores ocupam uma área na RS 040, próximo ao posto do pedágio de Viamão. O local foi motivo de investigação da Polícia Federal que neste ano encontrou mais de 2 toneladas de maconha na área.
Em Vacaria, mais de 500 pequenos agricultores ocupam uma área de 400 hectares de terra próximo a BR 285, à 1km da entrada da cidade. A área, que é pública, foi destinada pelo governo para pesquisa e experimentos de plantas, mas não está sendo utilizada para esse fim.
Já em Sananduva, mais de 200 trabalhadores rurais Sem Terra ocupam uma área com mais de 300 hectares que poderia ser destinada para o assentamento das famílias acampadas hoje no estado.
O MST está mobilizado nas regiões para pressionar os governos federal e estadual para realizar o assentamento imediato das mil famílias acampadas hoje no estado. Em abril, o governo do estado, depois de um acordo com o governo federal, se comprometeu a assentar as famílias que se encontram acampadas embaixo da lona preta em todo o estado. Desde a assinatura do “Termo de Compromisso” com os camponeses, nenhuma família foi assentada.
Os trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra devem permanecer nas áreas por tempo indeterminado, pois compreendem que somente com a ocupação e resistência vão fazer com que o poder público realize a Reforma Agrária no país. As famílias só devem deixar os locais ocupados se os governos apresentarem soluções definitivas para o assentamento.